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Lula chama guerra em Gaza de carnificina e defende fim da ‘matança’

Presidente propôs que Celac faça moção pelo fim dos ataques

Lula chama guerra em Gaza de carnificina e defende fim da ‘matança’
Lula chama guerra em Gaza de carnificina e defende fim da ‘matança’ (Foto: Reprodução)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) descreveu nesta sexta-feira, 1º, a crise na Faixa de Gaza como uma “carnificina” e pediu o fim do que descreve como “matança”. A declaração foi feita durante a Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que ocorre em São Vicente e Granadinas, um dia após o Exército israelense atirar contra civis em Gaza que faziam fila por comida, deixando mortos e feridos — ataque também citado por Lula em sua fala.
O presidente propôs que a Celac faça uma moção pelo fim imediato dos ataques de Israel à região e pediu que o secretário-geral da ONU, António Guterres, acione o Conselho de Segurança para tomar providências. Guterres estava entre os líderes na plateia e tem na agenda desta quinta uma reunião com o brasileiro. Lula pediu ao governo do Japão, que assumirá a presidência rotativa do Conselho de Segurança, que trate a pauta com urgência. “Também quero pedir aos cinco membros permanentes do Conselho [de Segurança] da ONU que deixem de lado suas diferenças e ponham fim a essa matança”, disse, afirmando que 80% dos mortos em Gaza são crianças e mulheres.
Itamaraty chama ataque na Faixa de Gaza de “massacre”
O Ministério das Relações Exteriores disse nesta sexta-feira, 1º, que a morte de pessoas que buscavam ajuda humanitária em Gaza em um ataque israelense na quinta-feira, 29, foi um “massacre” e que a comunidade internacional precisa “dar um basta” já que, segundo a pasta, o governo do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, mostrou que “não tem qualquer limite ético ou legal”.
“O governo brasileiro tomou conhecimento, com profunda consternação, dos disparos por arma de fogo, por forças israelenses, ocorridos no dia de ontem, no Norte da Faixa de Gaza, em local em que palestinos aguardavam o recebimento de ajuda humanitária”, afirma a nota. “Trata-se de uma situação intolerável, que vai muito além da necessária apuração de responsabilidades pelos mortos e feridos de ontem… O governo Netanyahu volta a mostrar, por ações e declarações, que a ação militar em Gaza não tem qualquer limite ético ou legal.”
“Cabe à comunidade internacional dar um basta para, somente assim, evitar novas atrocidades. A cada dia de hesitação, mais inocentes morrerão. A humanidade está falhando com os civis de Gaza. E é hora de evitar novos massacres.”

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