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Justiça determina que Estado melhore condições de trabalho no Hospital Walfredo Gurgel

Sentença da 7ª Vara do Trabalho de Natal obriga o RN a garantir áreas de repouso, condições sanitárias e contratação de pessoal em 180 dias.

Justiça determina que Estado melhore condições de trabalho no Hospital Walfredo Gurgel
Justiça determina que Estado melhore condições de trabalho no Hospital Walfredo Gurgel (Foto: Reprodução)

Redação04/09/2025 | 16:24
A Justiça do Trabalho determinou que o Estado do Rio Grande do Norte garanta, em até 180 dias, condições sanitárias e de repouso aos trabalhadores do Hospital Walfredo Gurgel, conclua o concurso público existente e contrate profissionais para suprir o déficit de enfermagem.
A decisão da 7ª Vara do Trabalho de Natal fixa indenização de R$ 1,5 milhão por dano moral coletivo, além de multa de um salário-mínimo por cada profissional atingido e por mês de atraso no cumprimento das obrigações
A ação foi movida pelo Ministério Público do Trabalho no RN (MPT-RN), após denúncias sobre insalubridade, sobrecarga de trabalho e descumprimento de normas de saúde e segurança no hospital. Perícia técnica do MPT confirmou mofo, infiltrações, buracos no forro e pouca ventilação nos locais de repouso dos profissionais de enfermagem.
O Conselho Regional de Enfermagem (Coren/RN) apontou que pacientes dependentes aumentam a carga de trabalho, e a 47ª Promotoria de Justiça relatou falta de insumos básicos, como luvas de borracha, detergente enzimático, lavadora ultrassônica e secadora.
“A ausência de manifestação efetiva por parte do poder público, mesmo após notificações e possibilidade de acordo extrajudicial, demonstra inércia e desprezo institucional. A situação representa risco à saúde e segurança dos trabalhadores”, disse a procuradora Heloise Ingersoll.
“Nós observamos que, além das condições precárias do meio ambiente laboral, os trabalhadores estão submetidos a alta carga de trabalho, que pode levá-los ao adoecimento. O direito à saúde e segurança deve ser assegurado”, afirmou o procurador-chefe do MPT, Gleydson Gadelha.
O juiz Alexandre Erico Alves da Silva determinou ainda que o Estado garanta limites de tolerância à exposição ao calor e realize manutenção hidráulica corretiva e preventiva, incluindo reparos em tubulações, troca de peças quebradas e conserto de trincas.

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