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Ministro da Saúde diz que não “está nem aí” sobre visto americano

Alexandre Padilha afirma que só irá aos EUA após concluir prioridades da pasta e critica preocupação com seu visto

Ministro da Saúde diz que não “está nem aí” sobre visto americano
Ministro da Saúde diz que não “está nem aí” sobre visto americano (Foto: Reprodução)

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou nesta terça-feira 16 que ainda não decidiu se fará parte da comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, devido ao seu visto norte-americano vencido. A renovação do documento foi solicitada em 19 de agosto, mas ainda não teve resposta dos Estados Unidos.
“Esse negócio do visto é igual aquela música, ‘tô nem aí’. Vocês estão mais preocupados com o visto do que eu. Eu não tô nem aí. Acho que só fica preocupado com o visto quem quer ir pros Estados Unidos. Eu não quero ir para os Estados Unidos. Só fica preocupado com o visto quem quer sair do Brasil, ou quem quer ir pra lá fazer lobby de traição da pátria, como alguns estão fazendo. Não é meu interesse, tá certo?”, disse Padilha em coletiva de imprensa durante o lançamento do programa de unificação do Cartão SUS ao CPF.
O ministro foi convidado para participar de uma sessão de ministros da Saúde na ONU e do Conselho da Opas, em Washington D.C. Padilha informou que comunicou ao presidente Lula que só atenderá aos compromissos nos EUA caso as tarefas prioritárias da pasta no Brasil sejam concluídas.
Atualmente, a prioridade do ministro é acompanhar a votação no Congresso da Medida Provisória do Agora Tem Especialistas, aprovada em comissão mista no dia 10 e que precisa passar pelo plenário da Câmara e do Senado até 26 de setembro para não perder validade. “Nós votamos na semana passada, estamos trabalhando pra ver se vota essa semana no Plenário da Câmara, e votaria no plenário do Senado na outra. Por enquanto estou dedicado a isso”, afirmou Padilha.
Ele também não descartou enviar outro representante do ministério às reuniões nos Estados Unidos, embora reconheça que a presença do ministro confere maior peso aos encontros. “Quando acontece isso, outras pessoas do ministério participam dessas reuniões, lógico que não tem o mesmo peso. É claro, se não vai o ministro, você não consegue fazer o mesmo tamanho da reunião, que são parcerias estratégicas para atração de investimentos”, disse.
O visto de Padilha estava vencido antes de sanções impostas pelo presidente norte-americano Donald Trump a diversas autoridades brasileiras. Por isso, ele não foi afetado. Entretanto, sua esposa e filha tiveram os vistos suspensos, assim como dois servidores do ministério ligados à criação do programa Mais Médicos em 2013

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