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Flávio Dino deve presidir julgamento final da tentativa de golpe

Ministro assumirá presidência da Primeira Turma do Supremo com responsabilidade de agendar etapas finais do processo

Flávio Dino deve presidir julgamento final da tentativa de golpe
Flávio Dino deve presidir julgamento final da tentativa de golpe (Foto: Reprodução)

O ministro Flávio Dino deve assumir a presidência da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) a partir de 1º de outubro, no lugar do ministro Cristiano Zanin, cuja gestão se encerra nesta data. A eleição simbólica para oficializar a troca está prevista para a próxima terça-feira 23, durante sessão do colegiado.
A mudança segue o rodízio estabelecido pelo Regimento Interno do STF, segundo o qual a presidência de cada Turma é ocupada pelo ministro mais antigo do grupo que ainda não tenha exercido o posto. O mandato tem duração de um ano, sem possibilidade de recondução até que todos os integrantes tenham ocupado o cargo, obedecendo à ordem decrescente de antiguidade.
Com a saída de Zanin, caberá a Flávio Dino conduzir e agendar os últimos julgamentos relacionados às ações que apuram uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O presidente da Turma é responsável por coordenar os julgamentos, definir a pauta, estabelecer as datas de análise, abrir e encerrar sessões, conduzir os trabalhos e assegurar que advogados, partes e ministros cumpram os tempos e espaços de fala. Em caso de empate, o presidente também exerce o chamado voto de qualidade, que define o resultado.
Segundo informações divulgadas pela CNN, a Corte busca concluir o julgamento para evitar que o caso se prolongue até 2026, quando haverá novas eleições.
Para isso, o presidente da Turma precisa organizar medidas como sessões extraordinárias e, se necessário, o cancelamento de sessões plenárias. Isso já ocorreu, por exemplo, durante a análise do núcleo 1. O núcleo 4, que envolve réus acusados de disseminar desinformação sobre o sistema eleitoral, é o que tem o trâmite mais avançado e deve ser o próximo a ser julgado.
Na última quinta-feira 18, quase todas as defesas dos réus desse núcleo apresentaram pedidos de absolvição. Apenas o réu Ailton Barros não cumpriu o prazo. Ele é representado pela Defensoria Pública da União (DPU). Na sexta-feira 19, o ministro Alexandre de Moraes determinou “a intimação da DPU para a juntada imediata das alegações”.
A entrega das defesas é a etapa final do processo. A partir daí, cabe ao relator solicitar que o julgamento seja pautado.

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